Lilypie Fifth Birthday tickers

domingo, 12 de dezembro de 2010

Mudança

Final de ano é uma época que inspira mudanças! Vivo um momento de pura mudança: mudança de emprego, mudança de esquemas de vida, mudanças... Lipe vive isso também: continuará na mesma escola e com o mesmo grupo de amigos, só que agora em um novo prédio escolar, com um novo enfoque: a alfabetização! Por isso a escola dele tem conversado sobre o tema e nos enviou o poema abaixo.


Fiquei pensando nas milhares de mudanças que o Lipe viveu em seus 5 anos de vida: mudança de casa, mudança de país, mudança de clima, mudança de escola, mudança de turma, mudança de turno, mudança de babá, mudanças... Deve ser por isso que ele fala com muita alegria da mudança de professora, da mudança de prédio... A mudança é constante na vidinha dele!


Quero um 2011 com mais mudanças em minha vida e menos vida do meu pequeno... 
Quero mudanças graduais, cheias de frios na barriga, mas com muitas alegrias!


MUDANÇA

Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a
velocidade.

Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente, observando com
atenção os lugares por onde você passa.

Tome outros ônibus.

Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia,
ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.

Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama...
Depois, procure dormir em outras camas
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais... leia outros livros.

Viva outros romances.

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.

Corrija a postura.

Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.

Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.

A nova vida.

Tente.

Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida,
compre pão em outra padaria.

Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
Tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.

Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos
óculos, escreva outras poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.

Abra conta em outro banco.

Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros,
outros teatros, visite novos museus.

Mude.

Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light, mais prazeroso,
mais digno, mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já
conhecidas, mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança,
o movimento, o dinamismo, a energia.

Só o que está morto não muda !

Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco,
sem o qual a vida não vale a pena !!!

Clarice Lispector

domingo, 5 de dezembro de 2010

Quantos dias faltam para o Natal?


No episódio do Charlie e Lola de Natal, eles fazem a contagem dos dias do Natal com o Calendário do Advento.


É lógico que ele pediu um para mim, e, é lógico que o fiz...rs


Hoje o Lipe abriu a quinta janelinha do calendário do advento que fiz para ele e disse:

- Não existe mãe melhor que você. Nenhuma faz o que você faz para mim!

Ai, tô explodindo de felicidade com esse filhote carinhoso que tenho!!! 
Existe algo melhor do que isso?


Por que não tem neve no Natal?

Lipito adora Charlie e Lola. Vira e mexe aproveita coisas que aprendeu nos episódios para usar na vida dele. Vive me explicando conceitos novos: extinção, estações do ano... e me vem com mil perguntas que ficam sem resposta após o episódio...

Essa semana ele veio com essa:

- Mamãe, o Natal está chegando, não é?
- Está sim...

- Mas como, mamãe, se no Natal cai neve?

Tentei ser rápida na explicação:

- Cai neve nos países mais frios. Mas no Brasil temos Natal no verão...

- Mas como, mamãe. Como pode?

Novamente tentei ser breve:

- Aqui no Brasil, em dezembro, o Brasil fica bem de frente ao Sol e ele esquenta bastante... Os outros países que caem neve, ficam "escondidos" do sol...

Lipe foi até o quarto, olhou o globo terrestre e não se conformou com minha resposta:

- Você está me explicando errado! O Canadá fica bem em cima do Brasil, então tem que ficar quente lá também!

Tá bom...
E lá fomos nós para uma aula de Geografia, com globo terrestre, lanterna e tudo o que temos direito!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Calendário do Advento

Essa tradição é muito especial para famílias que adoram comemorar o Natal. O Calendário do Advento vem dos Luteranos alemães, que, ao menos até o começo do século XIX, faziam a contagem regressiva para o dia do Natal.

Frequentemente, a contagem era feita com um simples risco de giz na porta a cada dia, começando em primeiro de dezembro. Algumas famílias tinha meios mais elaborados de marcar os dias, como acender uma nova vela (talvez a gênese das atuais coroas do Advento) ou pendurando um santinho na parede a cada dia.
As velas também podiam ser colocadas em uma estrutura, que era conhecida como "relógio do Advento". 

Confesso que não conhecia tal tradição, quem me ensinou foi o Lipe assistindo o episódio do Charlie e Lola. Lógico que assisti com ele, pesquisamos alguns modelos e quis promover tal ritual, com o intuito de juntos nos alegramos, além de ensinar a ele como é importante celebrar esse momento que tem uma história religiosa e que é muito maior que o simples consumismo e o momento de comprar e ganhar!

Faça com seus filhos e adapte aos seus conceitos de Natal!

Eu produzi uma aqui em casa, aproveitando materiais que já tinha por aqui, queria ter feito de feltro, bordado, mas esse ano está tudo muito corrido, por isso fiz assim...

Materiais:

- 1 placa de EVA verde;
- 26 caixas de fósforo (só a parte de dentro)
- papel alumínio
- tinta relevo dourada
- imagens fofinhas de Natal
- canetinha preta bem fina
- 1 retalho de EVA ou cartolina marrom
- régua
- lápis
- estilete
- tesoura
- cola quente
- guloseimas ou miniaturas (se quiser colocar uma surpresa dentro das portinhas)

Como montei:

1- Desenhei e recortei uma árvore na placa de EVA.

2- Desenhei e recortei com estilete 24 portinhas de 3cm X 4cm pela árvore (desenhei do lado avesso da que será a árvore - tenha cuidado para cortá-las do lado invertido!).

3- Escrevi do número 1 ao 24 nas portinhas com tinta relevo e deixei secar.

4- Cortei um retângulo do EVA verde e colei em cima de um papel cartão marrom que tinha aqui (eu não tinha EVA marrom), deixei secar e depois recortei com estilete um retêngulo de 4cm X 6cm - essa será a portinha do dia 25/12!

5- Encapei as 24 caixinhas de fósforo com papel alumínio e colei dentro dela imagens e mensagens sobre os dias do Natal (Exemplo: 1- Vamos montar nossa árvore? / 2- Escreva a carta do Papai Noel / 3- O anjinho está anunciando a chegada de Jesus!/ 4- Escreva mensagens de Natal aos amigos... etc). Com as duas caixinhas que sobraram, eu recortei uma das laterais e as uni para ficar maior, depois encapei com papel alumínio. Dentro dela colocarei uma imagem no menino Jesus na manjedoura com a mensagem: Vamos comemorar o dia do nascimento de Jesus!

5- Atrás de cada portinha fixei as caixinhas com cola quente.

6- Finalizei colocando guloseimas e pequenos mimos em cada dia e fechando as portinhas com um adesivo de estrela.


 
Não quis enfeitar mais a árvore porque queria ter convidado-o a enfeitá-la comigo. Mas ele a achou linda e só me deixou colocar uma fita dourada e uma estrela que cobrimos de gliter vermelho...

A cada dia,  cada abertura tem sido um momento mágico familiar!!!
Aqui está um bom motivo para fazerem algo juntos, ensinar o seu filho sobre o verdadeiro conceito do Natal e se  divertirem muiiiiiiiito!!!!


Veja aqui como esse ritual tem sido especial!

Um lindo Natal para vocês!!!!

domingo, 3 de outubro de 2010

Ser ou não ser "pidão"

A cada dia que passa estamos em uma luta sem fim, para ensinar o Lipe a não ser consumista.
Tarefa difícil perante uma sociedade movida pelo consumo.

Tentamos driblar essa "doença" de nossos tempos, oferecendo ao Lipe momentos de diversão longe de lojas, shoppings e consumo...

Eis que ontem, num final de dia chuvoso, lembramos que precisávamos escolher um presente para uma festinha de hoje. Nosso destino: o shopping!

Entramos em uma loja de brinquedos educativos e lipe estava motivado a escolher algo com a cara do amigão...

De repente me solta:
- Mamãe, não estou me aguentando!
Não eram só as palavras que diziam isso, mas o seu corpo, seus gestos...
- Como assim Lipe?
- Eu não quero ser pidão, preciso me controlar, mas também queria tanto um presente...

Gente, como pode?
Não sabia se ria ou chorava!
Será que temos todos que nos encontrar em uma Associação Anônima de Consumistas?

Lógico que driblei falando que poderia escolher um presente para o Dia das Crianças e que logo o ganharia.
Ele ficou satisfeito...
Quando chegamos em casa, conversamos sobre as crianças que não possuem brinquedos e combinamos que a cada novo presente que ganhasse, teria que escolher um para dar às crianças que não ganham...


Não sei se é o melhor caminho...
Deixo aqui alguns textos sobre o assunto:



Uma música deliciosa e um vídeo para refletir sobre o assunto:

Por que a publicidade faz mal às crianças



     Com a expansão da comunicação, somos continuamente influenciados pela diversidade de mensagens e imagens que nos seduzem e inebriam por meio das mais variadas formas de mídia. Entre elas, está a publicidade, com suas manobras estratégicas, endereçando à nossa emoção seus sedutores apelos de venda. Por sermos dotados de juízo crítico, temos a possibilidade de selecionar aqueles que melhor correspondem às nossas reais necessidades.

     No entanto, o mesmo não acontece com as crianças, que são mais vulneráveis às mensagens persuasivas por estarem em desenvolvimento. Sabe-se que até mais ou menos os 12 anos de idade elas não têm o pensamento crítico formado e, por isso, são mais suscetíveis aos apelos comerciais. 

     Embora, de acordo com a lei, as crianças não possam praticar os fatos da vida civil, tais como comprar um automóvel ou assinar um contrato, elas são abordadas diretamente pela publicidade como plenas consumidoras.

     Longe das estripulias cotidianas e das brincadeiras criativas, muitas crianças estão ficando cada vez mais quietinhas diante de uma tela no quarto, assistindo à programas inadequados ou comandando, pelo controle remoto do videogame, alguma batalha geralmente sangrenta. Ou, quando esperam os pais na volta do trabalho, sonham mais com algo que eles possam lhes ter comprado do que com o calor do seu abraço. Isso porque elas obedecem, hoje, a dois senhores dentro da mesma casa:
  • à publicidade, que só lhes diz “sim”, 
  • e aos pais, que, cansados de tanto dizer “não”, cedem às súplicas dos filhos entregando-lhes, na forma de objetos, o contato afetivo cada vez menos valorizado.
     Na ânsia de formar antecipadamente novos consumidores, a publicidade encurta a infância sem medir as consequências nefastas dessa apropriação indébita da genuinidade infantil. A erotização precoce e seus reflexos nos altos índices de gravidez na adolescência; a violência oriunda do desejo por produtos caros implantado em tantas crianças que, sequer, podem comer; a obesidade infantil, estimulada pela oferta excessiva às crianças de produtos não saudáveis; as depressões e frustrações decorrentes do atrelamento do conceito de felicidade ao ato de consumir são algumas dessas consequências que pesam sobre o futuro de nossas crianças e oneram os cofres públicos.

     Por que, em tantos outros países, a publicidade para crianças é controlada; o que falta na legislação brasileira para que o mesmo rigor seja adotado aqui; quais as táticas mais utilizadas pela publicidade para seduzir os pequenos; o que acontece com uma criança que cresce sem ouvir “não” e quais as consequências da publicidade dirigida ao público infantil são alguns dos temas abordados neste livreto. Sua razão de ser é ajudar a ampliar a reflexão e o debate sobre o consumismo precoce e conscientizar o leitor sobre os impactos negativos da publicidade e da comunicação mercadológica voltadas à criança no desenvolvimento infantil. 

     A infância feliz e tranquila é o prefácio de um mundo melhor. E quanto mais respeitada e protegida ela for, mais adultos críticos e saudáveis construiremos e mais sentido terá a preocupação que demonstramos hoje com o futuro do nosso planeta.

Quer saber sobre essa cartilha? Entre aqui e espalhe essa notícia:

Criança, a alma do negócio:

Pare, pense, atue!
Critique o mundo no qual está inserido!
Não seja pego!

Cultura da vaidade e consumo:

Yves de La Taille é professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Autor de “Moral e ética - dimensões educacionais e afetivas” (Prêmio Jabuti 2007). Atualmente, ministra aulas de Psicologia do Desenvolvimento e desenvolve pesquisa na área de Psicologia Moral.

      Cultura da vaidade e consumo: Vivemos uma sociedade chamada de, entre outros nomes, de "sociedade de consumo". 

     A bulimia atual atinge todas as pessoas (e deixa frustradas aquelas que, por falta de recursos, não podem adquirir os bens cobiçados) e é, vinte e quatro horas por dia, incentivada por anúncios mil que inundam as ruas, os jornais, as revistas, a televisão, etc. 
     Cabe nos perguntarmos porque tanta gente entrega-se a tal bulimia. Variadas são as explicações possíveis. Na minha fala, defenderei a idéia de que vivemos uma "cultura da vaidade", na qual marcas de distinção, que se associam ao status de "vencedor", tornam-se quase que necessárias para gozar de alguma visibilidade social. 
     Ora, não raramente, o motivo primeiro do consumo é adquirir tais marcas. Como o fenômeno não poupa as crianças e adolescentes (clientes, aliás, muito cobiçados), e também como ele é intimamente relacionado á construção da identidade, medidas para protegê-los devem necessariamente passar, para além da dimensão legal, pela dimensão ética, ética entendida aqui como busca da "vida boa, para e com outrem, em instituições justas". 
     
     É o que procurarei argumentar na minha fala:

Yves de La Taille - Cultura da vaidade e consumo from Projeto Criança e Consumo on Vimeo.

sábado, 2 de outubro de 2010

Pare. Pense!

Esta campanha, composta por cinco vídeos, faz parte das ações de conscientização do Projeto Criança e Consumo. Com o objetivo de divulgar conteúdos de fácil absorção sobre as conseqüências do consumismo infanto-juvenil, a campanha aborda os impactos desse comportamento por meio de mensagens educativas direcionadas a pais, educadores e formadores de opinião. Esses vídeos têm a finalidade de despertar a reflexão sobre obesidade infantil, erotização precoce, alcoolismo, stress familiar, delinqüência e violência. 




http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Projeto.aspx?v=3

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A fase dos porquês

Por quê? Mas... por quê?

Toda criança passa por essa fase.
Nós, pais, de uma hora ou outra temos que lidar com uma chuva de perguntas de nossos filhos, como relata bem Adriana Calcanhoto em sua música Oito anos.
Primeiro vamos entender a criança...
A partir dos 2 anos quando as respostas pouco interessam, as perguntas acontecem pelo simples prazer de perguntar, a criança quer conversar, se interessa pelas novas palavras, gosta de ouvir palavras diferentes.
A partir dos 3 anos o porquê muda seu significado. Já que nesta idade, a criança está centrada em si mesma e  não possui capacidade de abstração de colocar-se no lugar do outro. Ela já não aceita a ideia do acaso e assim, tudo deve ter uma explicação. Nessa idade, já conhece muito sobre o mundo, já possui uma percepção global, mas ainda é impossibilitada de se ater aos detalhes, por isso ela se deixa levar pelo concreto do que está ouvindo ou vendo, mas ainda possui muita dificuldade de relacionar fatos, já que seu pensamento ainda está em desenvolvimento.
A partir dos 6 ou 7 anos a criança já começa a entender situações mais abstratas e uma nova fase do "por quê" se modifica, porém nesta fase a criança já possui outras ferramentas para buscar suas respostas e começa a procurar as respostas sozinho.

Como devemos fazer aos sermos bombardeados pelas perguntas:
Os pais devem encarar as perguntas com naturalidade, mesmo que as perguntas sejam difíceis ou embaraçosas. É preciso conhecer o seu filho para ajudá-lo, saber o que é possível responder...
Devemos sempre dar satisfações e tentar responder às perguntas dos nossos filhos, mesmo que não a tenhamos na ponta da língua. 
Se você não sabe o que ele quer saber exatamente, faça perguntas a ele sobre o assunto, para entender de onde a mesma surgiu e, assim, o que realmente está querendo saber.
No caso de não saber a resposta, assuma que também não sabe, diga que precisa pensar, pesquisar sobre o assunto e se ofereça a ajudá-lo a procurar em livros ou na internet - está aí uma ótima oportunidade de apresentar um bom modelo de pesquisador! 
Você pode resumir uma explicação ou simplesmente traduzi-la ao entendimento do seu filho.  Mas, não minta ou fantasie as respostas, porque os filhos percebem e podem começar a não procurá-lo para novos questionamentos. 
Procure dar respostas lúdicas e interessantes, pois elas podem aguçar a curiosidade do pequeno e estimulá-lo a procurar mais e mais respostas.

Lembre-se:
"Porque sim" e "Porque não", não são respostas!

Por que a gasolina é mais cara?


Após sairmos do posto de gasolina, Lipe pergunta:
- Mamãe, porque você sempre coloca álcool no carro?
- Para o carro andar.
- Não, mamãe, por que você não coloca gasolina?
- Ah, Lipe é que o álcool é mais barato.
- Por quê?
A mamãe aqui que achou que ele só queria uma re-afirmação e também estava com preguiça de entender o que ele realmente queria saber, para poder explicar, solta a pérola:
- O álcool é mais barato porque a gasolina é mais cara!
Após está afirmação ouvi choros, broncas e lamentações:
- Mamãe, você pensa que eu sou burro? Você não explica nada! Eu sou curioso!

Lógico que tive que acalmá-lo e começar uma "palestra" explicando sobre as diferentes origens de cada combustível, além do processo de fabricação, para então comparar e mostrar simplóriamente, a diferença de preço. Ainda tive que ouvir:
- Tá vendo, mamãe, é só me explicar que eu entendo!

De noite o Lipe ainda falou para o papai que ele precisava trocar de carro, com uma breve explicação sobre a diferença de preço dos combustíveis.

Me preocupo quando ele vem com essas perguntas... Não quero ficar aprofundando em assuntos que considero de difícil entendimento. É difícil saber o que eles realmente querem entender a partir de suas perguntas, mas quanto mais conhecemos nossos filhos, mais sabemos o quanto eles estão prontos para aprender algo novo e o que é pura "forçassão"  de barra...

domingo, 19 de setembro de 2010

A fase do heróis e fantasias

Essa fase tem ocorrido aqui em casa há mais de um ano e continua firme e forte. Em algumas épocas com mais intensidade, outras com menos, mas com a criatividade sempre inventando situações novas e mais elaboradas.

Deste modo, nos últimos meses, meu pequeno não tem usado outra roupa que não seja de um heroi com super poderes. Se o heroi conhecido não tiver algum poder que possa resolver um problema no meio da sua história inventada, ele mesmo inventa um novo objeto super poderoso e resolve tudo rapidinho! 



Isso deve acontecer com seu filhote, entre o segundo ano e terceiro ano de vida, quando passará a brincar de faz-de-conta, com brincadeiras paralelas ao mundo real e repletas de seres fantásticos. Exatamente na fase do desfralde, na qual a criança começa a assumir controle de seu próprio corpo. Nessa época surge na criança, uma ansiedade muito intensa e aflitiva, porque como qualquer ser humano quer que dê certo, cobra-se  a fazer como os adultos e aí vem a angústia de decepcionar a família que lhe são tão significativas e por quem ainda é tão dependente física e emocionalmente.


É nessa fase, também, que seu filho começará a expressar seus conflitos através do medo do escuro, de estranhos, de situações novas, do trovão, relâmpago, vento e outros temores que não devem ser encaradas como fobias.  A criança apenas encontra-se em um fase na qual se sente fragilizada diante de emoções desconhecidas e que não consegue dominar e compreender.


Deste modo, como o mundo real ainda lhe é difícil de ser assimilado e aceito, ela cria o seu próprio universo, onde tudo é possível e tem solução. É a fase do pensamento mágico e das projeções. Nesse seu universo habitam super-heróis, mitos, fadas e monstros, capazes de brincar com ela, bem como fazê-la rir, sentir medo e chorar e, acima de tudo, ajudá-la a se desenvolver.

Daí a necessidade de criar um universo só seu. Na sua lógica, se os super-heróis conseguem subjugar o mal, ela também consegue; ou seja, se eles resolvem seus conflitos, ela também pode fazê-lo. Esses pensamentos mágicos lhe dão um sentido de poder muito forte e contribui para diminuir a sensação de fraqueza e de impotência diante dos adultos.


Todas estas fantasias têm a função de equilibrar emocionalmente a criança, permitindo a elaboração e dissipação da angústia e o aplacamento da ansiedade. Funcionam, inclusive, como um processo de autodefesa e de auto-afirmação.

Através do faz-de-conta, a criança aprende também a entender o ponto de vista de outra pessoa, desenvolve habilidades na solução de problemas sociais e a torna mais criativa, acelerando seu desenvolvimento intelectual.

Esta é, portanto, uma etapa fundamental do desenvolvimento infantil, pois é através dela que a criança tenta elaborar seus conflitos e organizar simbolicamente o mundo real.


Como toda fase, um dia passa; para uns mais cedo, para outros mais tarde. Porém, é esperado que, por volta dos seis, sete anos de idade isso tenha terminado, uma vez que já terão se desenvolvido várias funções como a memória, a lógica e a inteligência.

Os pais não devem participar ativamente do imaginário mirim, nem incentivar ou reprimir. Com o tempo vai declinando de intensidade até desaparecer por completo, como se nunca tivesse existido. Geralmente coincide com um maior domínio da linguagem e com a abertura de novos caminhos para a descarga emocional da criança.


sábado, 18 de setembro de 2010

Herói de gelo

Como disse no outro post, a fase dos heróis está com muita força aqui em casa...

Após um tempo muito pensativo Lipe pergunta:
- Mamãe, de onde vem o gelo?
- Como a neve cai do céu?

Qualquer resposta não serve, ele quer saber mais e mais... então tento explicar como funcionam as geladeiras e freezers, além de uma rápida explicação sobre o ciclo da água.

Mais um tempo pensativo... Foi muita informação, era necessário processá-las, organizá-las de modo compatível ao seu entendimento...

Mamãe, quando eu crescer serei um super-herói, você sabe.
Queria saber sobre gelo, porque vou ter um poder de gelo.
Eu vou voar pelo céu com uma máquina especial, igual um freezer ...
Quando, lá de cima, eu ver um bandido fazendo coisas erradas, vou lançar uma água que vai congelar o inimigo!

Lógico que essa ideia veio após assistir ao DVD: Os Incríveis - da Disney


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Fechar saquinhos com gargalo de garrafa pet

Aqui vai uma dica para reutilizar uma parte da garrafa pet.

Não sei na casa de vocês, mas aqui usamos pregadores de roupa para fechar os saquinhos de alimentos. Porque nem tudo cabe nos potes de mantimentos. Recebi essa ideia por e-mail e achei interessante, vale repassar, testar, inovar...


É bem fácil:
1- Corte logo abaixo do gargalo usando tesoura ou outro cortador.




2- Passe o saco plástico por dentro do gargalo cortado.
3- Depois basta fechar com a tampa. 



Há pessoas que transformam o SOL numa simples mancha amarela, 
mas há  aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol.
 PABLO PICASSO

sábado, 28 de agosto de 2010

Palavra Cantada Brincadeiras Musicais

Pessoal, deixo aqui uma indicação de livro, CD e DVD que estamos curtindo muito aqui em casa: 
O Livro das Brincadeiras Musicais  da Palavra Cantada, nesse kit de cinco volumes a dupla Paulo Tatit e Sandra Peres apresenta, em parceria com a Editora Melhoramentos, uma introdução à educação musical de modo divertido.

O lipe que adora música está curtindo muito!
Comecei brincando com ele e agora já está até brincando sozinho!

Só recebi o volume 1 por enquanto, mas vou esperar ele esgotar as brincadeiras desse volume para partir para a próxima...

Aqui está o vídeo de apresentação do material:

Depois posto umas imagens da nossa brincadeira!

Palavra Cantada nas livrarias

Além de ler vários livros, você vai poder dançar e cantar nesta sexta (27) e neste domingo (29) em duas livrarias de São Paulo. Isso porque a dupla Palavra Cantada vai apresentar sua nova coleção de livros, CDs e DVDs, "O Livro de Brincadeiras Musicais da Palavra Cantada".
Arnaldo J. G. Torres
Palavra Cantada Arnaldo J. G. Torres
Palavra Cantada apresenta brincadeiras em livrarias
Neste trabalho, Paulo Tatit e Sandra Peres ensinam brincadeiras a partir de suas canções. Os livros e os DVDs ajudam a entender como brincar. Também dá para conhecer melhor instrumentos musicais e suas origens, ritmos --como o maracatu e o baião- e a cultura por trás da música.
A apresentação desta sexta acontece na livraria Saraiva do shopping Center Norte, às 18h. Já no domingo, a brincadeira é às 16h, na livraria Cultura do shopping Villa-Lobos.

PARA CONFERIR
Pocket-show e tarde de autógrafos da Palavra Cantada
Livraria Saraiva do shopping Center Norte (travessa Casalbuono, 120, Vila Guilherme)
Sexta, 27 de agosto, 18h
Grátis (retirar senha a partir de 16h30)
Livraria Cultura do shopping Villa-Lobos (av. das Nações Unidas, 4.777, Alto de Pinheiros)
Domingo, 29 de agosto, 16h
Grátis (retirar senha a partir de 14h)