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domingo, 19 de setembro de 2010

A fase do heróis e fantasias

Essa fase tem ocorrido aqui em casa há mais de um ano e continua firme e forte. Em algumas épocas com mais intensidade, outras com menos, mas com a criatividade sempre inventando situações novas e mais elaboradas.

Deste modo, nos últimos meses, meu pequeno não tem usado outra roupa que não seja de um heroi com super poderes. Se o heroi conhecido não tiver algum poder que possa resolver um problema no meio da sua história inventada, ele mesmo inventa um novo objeto super poderoso e resolve tudo rapidinho! 



Isso deve acontecer com seu filhote, entre o segundo ano e terceiro ano de vida, quando passará a brincar de faz-de-conta, com brincadeiras paralelas ao mundo real e repletas de seres fantásticos. Exatamente na fase do desfralde, na qual a criança começa a assumir controle de seu próprio corpo. Nessa época surge na criança, uma ansiedade muito intensa e aflitiva, porque como qualquer ser humano quer que dê certo, cobra-se  a fazer como os adultos e aí vem a angústia de decepcionar a família que lhe são tão significativas e por quem ainda é tão dependente física e emocionalmente.


É nessa fase, também, que seu filho começará a expressar seus conflitos através do medo do escuro, de estranhos, de situações novas, do trovão, relâmpago, vento e outros temores que não devem ser encaradas como fobias.  A criança apenas encontra-se em um fase na qual se sente fragilizada diante de emoções desconhecidas e que não consegue dominar e compreender.


Deste modo, como o mundo real ainda lhe é difícil de ser assimilado e aceito, ela cria o seu próprio universo, onde tudo é possível e tem solução. É a fase do pensamento mágico e das projeções. Nesse seu universo habitam super-heróis, mitos, fadas e monstros, capazes de brincar com ela, bem como fazê-la rir, sentir medo e chorar e, acima de tudo, ajudá-la a se desenvolver.

Daí a necessidade de criar um universo só seu. Na sua lógica, se os super-heróis conseguem subjugar o mal, ela também consegue; ou seja, se eles resolvem seus conflitos, ela também pode fazê-lo. Esses pensamentos mágicos lhe dão um sentido de poder muito forte e contribui para diminuir a sensação de fraqueza e de impotência diante dos adultos.


Todas estas fantasias têm a função de equilibrar emocionalmente a criança, permitindo a elaboração e dissipação da angústia e o aplacamento da ansiedade. Funcionam, inclusive, como um processo de autodefesa e de auto-afirmação.

Através do faz-de-conta, a criança aprende também a entender o ponto de vista de outra pessoa, desenvolve habilidades na solução de problemas sociais e a torna mais criativa, acelerando seu desenvolvimento intelectual.

Esta é, portanto, uma etapa fundamental do desenvolvimento infantil, pois é através dela que a criança tenta elaborar seus conflitos e organizar simbolicamente o mundo real.


Como toda fase, um dia passa; para uns mais cedo, para outros mais tarde. Porém, é esperado que, por volta dos seis, sete anos de idade isso tenha terminado, uma vez que já terão se desenvolvido várias funções como a memória, a lógica e a inteligência.

Os pais não devem participar ativamente do imaginário mirim, nem incentivar ou reprimir. Com o tempo vai declinando de intensidade até desaparecer por completo, como se nunca tivesse existido. Geralmente coincide com um maior domínio da linguagem e com a abertura de novos caminhos para a descarga emocional da criança.


Um comentário:

Nadia Fialho disse...

É, os meninos com os super heróis e as meninas com as princesas!
A Cecília passa o dia inteiro vestida nas fantasias dela!