Lilypie Fifth Birthday tickers

domingo, 30 de maio de 2010

Amamentar não é fácil!!!!




Muita gente nem sabe, mas assim como muitas mães, passei por váaaaaarias dificuldades na amamentação.

A história é longa, mas tentarei ser breve...

Durante a gravidez, eu não me preparei para o parto ou para amamentar. Na minha cabeça, assim como foi com a minha mãe, tudo isso seria fácil: parto normal, amamentar até os dois anos. Mas não foi.

Eu não tive nenhuma ajuda do meu GO, nem da maternidade, nem do pediatra, mas achei isso perfeitamente normal. Na maternidade o Lipe já mamava ferozmente. Meu peito já vazava. Chegando em casa ele era um anjo: dormia 7 horas seguidas e ninguém me disse que isso era estranho.

Na segunda consulta, o pediatra nos contou que o Lipe estava perdendo peso, lógico! Como assim um RN passar tantas horas sem dormir?

Tentamos de tudo, ao sabermos que quanto mais ele mamasse, mais leite seria produzido: 
- acordá-lo de 2 em 2 horas para ele mamar;
-  fazer canguru amarrando-o no meu colo;
- tomar Plasil, (isso eu teria pulado...);
- aumentar a quantidade água/líquido.

Mas nada funcionava, ele não ganhava peso suficiente.

Quando ele tinha 20 dias, ele chorava demais no meu colo, meus parentes que foram nos visitar disseram que ele estava muito magro. Não aguentei, liguei para o médico aos prantos: meu bebê berrava de fome no meu peito!

Ele sugeriu que nem todas as mães nasceram para amamentar... (Como?). Indicou que eu desse NAN1 no copinho. Foi um desastre, eu estava desesperada e derrotada. E meu bebê, lógico, estava berrando! Dei a mamadeira...
E depois, com a vontade de vê-lo ganhar peso, continuei dando mamadeira após as mamadas... O primeiro grande erro! Dava um peito, dava o outro e sempre oferecia a mamadeira.

RESULTADO: meu bebê tinha apenas 3 meses e berrava quando mostrava o peito para ele... Ele só queria a mamadeira. Tinha muitas cólicas, intestino preso. E eu me senti péssima! Chorei muiiiiiiiiiiiiiito!

Graças as dicas das minha queridas "amigas do peito" do GVA (Grupo Virtual de Amamentação), que na época ainda era no Orkut, fiz várias coisas que ajudaram e sustentaram a minha amamentação:
- Mudei de pediatra;
- Não confiei na curva de peso que qualquer um me apresentava;
- Procurei me acalmar e aproveitar mais os momentos com meu bebê;
- Aumentei a quantidade de líquido (água, sucos, chás, canjica...);
- Usei a sonda de relactação (explico melhor sobre isso aqui...);
- Utilizei a bombinha toda a vez após as mamadas (aluguei uma ótima na Leite Fácil, em SP), a ideia era esvaziar o peito e estimular a produção com a sucção artificial, enganando o organismo que eu precisava produzir mais e mais leite;
- Não deixava passar mais de 2 horas sem amamentar. Como ele era dorminhoco, quando ele acordava já estava morrendo de fome e não tinha paciência de sugar. Por isso, eu o colocava no peito mesmo meio dormindo. Algumas vezes, eu o acordava, tirava a roupinha.

Assim minha amamentação foi re-estabelecida!

Quando meu bebê tinha 6 meses, fui assaltada com ele no carro e, em conseqüência do trauma, meu leite secou completamente. Dessa vez foi mais fácil, porque o lipe já estava comendo frutinhas. Tomei Equilid (que só deve ser tomado com orientação médica!!!!) por um tempo, fiz terapia, acumpuntura e repeti todas as dicas acima regularmente. Meu leite voltou com força total!

As pessoas me achavam uma boba por insistir, mas tenho certeza que isso fez muito bem para mim e ao meu filho!
Por mim, porque hoje tenho o sentimento de que fiz tudo o que pude para amamentá-lo!
Por ele, porque não existe nenhum alimento que se compare ao leite materno!

Amamentar é mais que um ato de amor!!!!